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Cap. 148

Kojo já derrubou dois invasores com o cabo da lança. Também cortou a garganta de outro com a ponta da lança e, agora, em um movimento quase rápido demais para ser acompanhado pelos olhos, atravessa o estômago de um dos homens ainda em pé com a lança, depois a puxa de volta e enfia pelo queixo do outro, até fincar em seu crânio por dentro.

Os dois homens que haviam caído se levantam, mas, antes de conseguirem apontar suas armas para as costas de Kojo, são atingidos, um pelo disparo do rifle de Josiah e o outro por um machado cravado em sua nuca por Hanna.

Na entrada do sítio, outros dois encapuzados assistem ao massacre.

Malcolm: — Devemos ordenar uma retirada, senhor?

Coronel: — Para isso, precisaríamos ter ainda algum soldado vivo.

Malcolm: — O que faremos, então, senhor? Fugiremos?

Coronel: — Fugir de um bando de pretos? Nunca! Apenas sairemos antes de sermos abordados.

Malcolm: — Desistimos?

Coronel: — Jamais! Uma hora essa chuva maldita acaba e aqueles dois brancos vão embora, daí, nós voltaremos.

Malcolm: — E quanto aos homens que morreram, senhor?

Coronel: — Serão oportunamente vingados. Por enquanto, os pretos mataram, eles que enterrem.

Josiah vê a dupla se afastando, esboça tentar acertá-los com seu rifle, mas a chuva o faz desistir.

Sarah e Hanna arrastam Wayne para a casa enquanto Kojo e Josiah se encarregam de levar os cavalos de volta ao celeiro.

As moças mal chegam na casa e Lucretia desaba sobre o corpo do xerife, chacoalhando o pobre homem: — Wayne, fale comigo! Você está bem? Você me ouve? Consegue me ver? Consegue se mexer?

Com esforço, o xerife responde ofegante: — Não consigo respirar.

Lucretia, aos prantos: — Ele está sem ar! O que podemos fazer?

Celeste, calmamente: — Ajudaria se você saísse de cima do peito dele.

Lucretia pula para o lado, como se tivesse sentado em uma moita de urtiga. Segurando gentilmente a cabeça do xerife, pergunta: — Wayne, fale comigo, você está bem? Quer alguma coisa?

Wayne: — Como estão meus cavalos?

Lucretia larga a cabeça do homem, que despenca rumo ao chão, e sentencia: — Ele já está bom.
 

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